sábado, 26 de dezembro de 2009

Nova tecnologia permite falar sem ter de mexer a boca



Uma equipa internacional de investigadores criou um sistema que permite comunicar por palavras mas sem abrir a boca.

A pensar nas pessoas que, devido a paralisia, não conseguem comunicar nem por palavras nem por gestos, os cientistas desenvolveram uma tecnologia que consegue transmitir directamente os sinais neurais para um sintetizador, através de um eléctrodo implantado no cérebro. Esta tecnologia que transforma o pensamento em palavras audíveis foi já testada com sucesso.

O Neuralynx System amplia e converte os sinais neurológicos captados por um eléctrodo directamente no motor da fala que se encontra no córtex cerebral.

Os sinais são amplificados e enviados através de fios no couro cabeludo, através de ondas de rádio FM. O sinal é então dirigido para um descodificador para ser convertido e transformar-se em voz no sintetizador.

Este processo de «pensamento em discurso» demora aproximadamente cinquenta milissegundos, valor equivalente ao de uma pessoa sem deficiência de mobilidade.

O dispositivo foi testado num paciente de 26 anos que aos 16 sofreu um ataque cerebral e ficou impossibilitado de falar. O procedimento demorou cinco anos a ter sucesso e foi necessário um grande empenho por parte do paciente. Este acabou por alcançar uma efectividade de conversação «pensamento-voz» de 89 por cento.

A equipa responsável por esta tecnologia engloba profissionais das Universidades de Boston e de Harvard, do MIT, do Hospital da Universidade de Emory, do Centro Médico Gwinnett, do Instituto de Investigação de Georgia Tech, do Neural Signals Inc. e da StatsANC LLC, Buenos Aires, Argentina.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

ESTG desenvolve manípulo de interacção destinado a crianças com necessidades especiais

O Departamento de Engenharia Electrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria desenvolveu um manípulo de interacção electrónico, accionado com um sensor de aproximação, destinado a crianças com necessidades especiais.

A produção deste dispositivo surge no âmbito da campanha 'Mil Brinquedos por Mil Sorrisos', promovida pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Politécnico de Leiria.

O sistema permitiu criar um manípulo de interacção mais económico, que possa ser enviado às crianças com necessidades especiais, juntamente com cada conjunto de brinquedos adaptados, faz saber a instituição de ensino. "Estes manípulos, que adquirem várias formas, adaptando-se às necessidades de cada criança, têm como função principal permitir a interacção com o computador", explica Célia Sousa, coordenadora do CRID. O manípulo encontra-se em fase experimental.

Sofia Gualdino e Marco Santos, engenheiros electrotécnicos responsáveis pelo desenvolvimento do mecanismo, explicam a ideia: "depois de falar com uns amigos que trabalham no desenvolvimento de botões capacitivos, foi fácil desenvolver este manípulo", afirmam, adiantando que o processo de produção leva apenas "um dia". A campanha 'Mil Brinquedos por Mil Sorrisos', lançada pelo CRID do Politécnico de Leiria visa recolher brinquedos com um sistema electrónico simples a fim de serem transformados na ESTG por estudantes e professores do Departamento de Engenharia Electrotécnica daquela escola, em brinquedos passíveis de serem utilizados por crianças com necessidades educativas especiais.
O trabalho desenvolvido na ESTG, ao qual se juntaram, este ano, alguns professores e alunos de três turmas da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, consiste na adaptação do circuito de alimentação de cada brinquedo, por forma a permitir ser utilizado a partir de um interruptor externo que acciona o seu funcionamento.

O objectivo é reunir mil brinquedos e oferecê-los pelo Natal a crianças com necessidades educativas especiais e também aos 24 Centros de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) do Ministério da Educação que trabalham com aquele tipo de crianças, além de outras entidades que, tendo tido conhecimento da iniciativa, solicitaram brinquedos adaptados ao CRID.

A campanha 'Mil Brinquedos por Mil Sorrisos' sucede à acção 'Um Brinquedo por Um Sorriso', que decorreu no Natal do ano passado, tendo sido oferecidos cerca de 200 brinquedos a 20 instituições. Este ano, os brinquedos podem ser entregues no CRID, sediado na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, em Leiria, e na Aldeia de Natal.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sejam muito bem vindos!



Este blog foi criado com a finalidade de dar a conhecer as diferentes Necessidades Educativas Especiais e as possíveis formas de incluirmos crianças portadoras de alguma delas nas escolas regulares e na sociedade actual.


Esta ideia partiu de um trabalho efectuado na disciplina de Necessidades Educativas Especiais, no qual tivemos de elaborar uma pequena sondagem a diversos públicos: Público em Geral, Docentes de Educação Especial, Docentes do Ensino Regular e Futuros Docentes.


Aqui damos a conhecer as várias Necessidades Educativas Especiais, links importantes, notícias, indicações de livros sobre e para as várias Necessidades, em suma, tudo o que considerarmos importante ou interessante para partilhar com todos os que queiram incluir as pessoas com Necessidades Educativas na Escola para Todos e na Sociedade.



"Damos, muitas vezes, nomes diferentes às coisas: O que para mim são espinhos, vós chamais-lhe rosas." Pierre Corneille

domingo, 22 de novembro de 2009

Rato (de computador) especial para invisuais



Infelizmente o site está em várias línguas mas em português não...

Mas o que diz é que devido ao seu formato ergonómico, a mão do utilizador se encontra na posição ideal para aprender o Braille. Pode ser utilizado por crianças e adultos, destros ou esquerdinos.
É composto por duas partes conduzidas por uma porta USB.

Vem ainda com um software específico que oferece variados exercícios, mas mais uma vez o próprio software não está traduzido em Português.
E após esta breve introdução, deixo-vos o link para conhecerem melhor o Mouskie

Esperança no tratamento do Sindrome de Down



Andava eu à procura de notícias para outro blog que giro (já agora deixo a publicidade - Blog do Mundo dos Animais) quando me deparei com esta notícia, no Daily News, um jornal inglês.

Dado que me chamou imenso à atenção, fui ver se a encontrava em português para a colocar aqui.
Por isso, aqui ficam com os dois links, um em português, outro em inglês.
Breve resumo:
Após pesquisa com ratos, parece que, se os cérebros dos portadores de trissomia 21 forem estimulados a produzir um determinado neurotransmissor, a sua capacidade mental aumenta e com isso a capacidade de reter informação e conseguir utilizá-la.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Evolui.com - Cursos online

No site Evolui.com podem encontrar alguns cursos ligados à área das Necessidades Educativas Especiais.

Estes cursos têm um preço médio de cerca de 70 € e são totalmente ministrados online. Quem tiver Cartão Jovem usufrui de um desconto de 20%.

No final do curso será entregue um Certificado de Formação Profissional, caso frequente 80% das aulas, realize as tarefas propostas, participe no fórum de discussão e tenha avaliação final positiva.

Como Lidar com uma Criança com Síndrome de Asperger

Compreender a Trissomia 21 

Necessidades Educativas Especiais  

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Baú do Saber promove curso de formação de «Necessidades Educativas Especiais»

Baú do Saber
Rua J. Pereira Sampaio Bruno, nº 53
Portimão

O centro de apoio pedagógico e de formação Baú do Saber, de Portimão, vai organizar um curso que tem como tema as «Necessidades Educativas Especiais», com a duração de três semanas, num total de 30 horas.

O curso é destinado a educadores de infância, professores, estudantes e outros profissionais ligados à área, sendo que no final da acção será entregue um Certificado de Frequência de Formação aos participantes que frequentem pelo menos 85 por cento das sessões.

O objectivo da formação é preparar os participantes para o trabalho com crianças e jovens com necessidades educativas especiais, identificar e seleccionar estratégias de apoio consideradas mais adequadas a cada caso e melhorar a acção global da escola, promovendo alternativas pedagógicas que formatem a igualdade de oportunidades.

Assim, os temas a abordar são as necessidades educativas especiais, as dificuldades de aprendizagem, as necessidades educativas especiais decorrentes de Deficiência, a hiperactividade e sobredotação, o insucesso escolar e os comportamentos associados às necessidades educativas especiais.

As demonstrações práticas, os trabalhos individuais e de grupo, os exercícios práticos em contexto simulado e a exposição oral dos temas com apoio audiovisual serão alguns dos métodos de trabalho do curso, que será leccionado à sexta-feira, entre as 19h00 e as 22h00, e ao sábado, entre as 9h30 e as 17h30, com uma hora para almoço.

O curso custa 280 euros, inclui a documentação necessária para os participantes, mas as inscrições são limitadas, sendo necessário a ficha de inscrição, fotocópia do Bilhete de Identidade, Contribuinte e uma fotografia.

O local de realização da acção será nas instalações do Baú do Saber, na Rua J. Pereira Sampaio Bruno, nº 53, em Portimão, sendo que os interessados em participar podem inscrever-se ou pedir mais informações através do 217156428, do 217152401 (fax), do site www.bau-do-saber.net ou do email fha_depformacao@netcabo.pt

O Baú do Saber é um centro de apoio pedagógico e de formação que promove um conjunto de cursos de formação financiados e não financiados para elevar as qualificações da população activa e o desempenho profissional dos formandos.

O centro estabeleceu protocolos de parceria com a Frouco & Henriques Associados e com a M&P – Consultadoria Informática, empresas de formação sedeadas em Lisboa que contam com um conjunto de formadores que têm vindo a contribuir para o aumento da competitividade dos directores, colaboradores e sociedade em geral.

Notícia em: Barlavento

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Acima de tudo um bebé (Livro Informativo sobre a Trissomia 21)



Retrata as principais características da Trissomia 21, o desenvolvimento do bebé, problemas mais comuns, o seu relacionamento com os irmãos.

Este livro é recomendado para quem deseje conhecer os bebés com Trissomia 21.

Pode ser utilizado para estudantes do ensino básico para elaborarem trabalhos escolares.

A comercialização deste livro (5 Euros) reverte na integra para o Fundo Social da APPT21.

Pode ser adquirido através do site da Nasturtium.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lisboa Sensorial



Imagine o que é redescobrir o bairro de Alfama de olhos vendados: são as ruas apertadas, o cheiro das sardinhas a assar, o som de um fado que se ouve ao longe e tantas outras aventuras sensoriais…

São passeios a pé inesquecíveis, dentro do bairro de Alfama, desenvolvidos a partir de uma ideia original do estúdio criativo Cabracega desenvolvida em colaboração com a Lisbon Walker e a ACAPO, em que os participantes têm os olhos vendados e são conduzidos por um guia invisual da ACAPO que partilha as suas referências sensoriais e pelo guia Lisbon Walker que garante a contextualização histórica e urbanística do passeio.

Para ajudar os participantes a percorrer o espaço em condições de segurança estão também presentes outros elementos de apoio mobilizados para o efeito. O carácter único deste passeio cumpre dois grandes objectivos:


        
  • sensibilizar para o universo invisual, não num sentido incapacitante, mas num sentido positivo e estimulante, em que o próprio invisual nos convida a entrar no seu mundo de códigos e referências.      
        
  • proporcionar uma experiência sensorial, que visa a construção de um novo conhecimento do espaço através do estímulo dos sentidos do olfacto, tacto, gosto e audição pela ausência da visão.


Este passeio está sujeito a reserva e realiza-se no último Sábado de cada mês, 11h.

Duração do passeio: 1.30 hora

Número máximo (aconselhado) de participantes por passeio: 10


 

Mais informações em: Lisbon Walker

Livros adaptados a crianças com necessidades educativas especiais



(Clique na imagem de cada um dos livros para informação detalhada sobre eles)

"Os profissionais dedicados à educação especial exigem material de apoio  que permita tornar a leitura mais acessível a crianças  com problemas do desenvolvimento.

Esta iniciativa tenta aproximar e estimular o caminho da leitura a todas elas, contribuindo para romper com as barreiras na comunicação e tornando mais compreensível o mundo da fantasia a muitos meninos e meninas.

Os destinatários destes livros são pessoas com necessidades específicas: atraso global do desenvolvimento, perturbações específicas da linguagem (PEL), paralisia cerebral (PC), perturbações do espectro do autismo, dificuldades de aprendizagem, ou seja, utilizadores ou potenciais utilizadores da Comunicação Aumentativa.

A leitura apoia-se, para além do texto e da ilustração, num sistema gráfico de comunicação utilizado internacionalmente – SPC – Símbolos Pictográficos de Comunicação (Mayer-Johnson). Este sistema baseia-se em imagens (pictogramas) muito simples, acompanhadas da palavra escrita, referente ao seu significado."                    



Dislexia - um método de ensino

Método multisensorial, desenvolvido por Paula Teles, pretende ser um método facilitador da aprendizagem da leitura e escrita para todas as crianças: as que apresentam perturbações fonológicas da linguagem, as que apresentam indicadores de risco de dislexia, as crianças e jovens disléxicos e a todas as que tenham dificuldades na leitura e na ortografia, em maior ou menor grau, independentemente da sua etiologia.

Desenvolver a Consciência Fonémica- Consciência de que as palavras da linguagem oral são formadas por fonemas - identificar os fonemas através de materiais para a realização de diversos jogos de identificação, discriminação, adição, omissão, substituição, aliteração e rima de fonemas.

Ensinar o Princípio Alfabético- Ensinar que os fonemas da linguagem oral são representados pelas letras do alfabeto - ensinar o nome das letras e as suas representações gráficas, ensinar e treinar até à automatização as correspondências fonema Û grafema.

Ensinar as Irregularidades nas Correspondências Fonema Û Grafema - Ensinar que: existem grafemas que não têm correspondência fonémica; existem grafemas que têm diversas correspondências fonémicas; existem fonemas que podem ser representados por diferentes grafemas: existem fonemas, os dígrafos, que são representados por dois grafemas.  

Inclusão de crianças com paralisia cerebral (aspectos a desenvolver)

Estas crianças devem estar inseriadas no sistema de ensino regular. no entanto, deverá também beneficiar de apoios adequados, aos quais tem direito.

Através do trabalho em equipa (educadores, professores de educação especial, psicologa, terapeuta, entre outros) e da interacção de áreas como a informática, a fisioterapia, a terapia da fala, terapia ocupacional, psicomotricidade, apoio psicológico, etc, procurar-se-á desenvolver o nível cognitivo, a autonomia pessoal e social, a comunicação, a área psicomotora e sócio-afectiva e ainda desenvolver a área sensorial - perceptiva e elevar as capacidades gerais da criança/jovem com paralisia cerebral e melhorar a sua qualidade de vida.


A inclusão de crianças e jovens com NEE

É necessário que a escola desenvolva processos de inovação e mudança que respondam com eficácia a todos os alunos.

A atenção às diferenças individuais, seja qual for a sua origem, numa escola inclusiva, exige currículos abertos e flexíveis, capazes de responder às necessidades comuns ao conjunto da população escolar.

É necessário que haja diferenciação, adaptação e individualização curricular às necessidades e características de cada aluno, em especial dos alunos com NEE. Todos os alunos deverão ter os mesmos direitos e oportunidades, incluindo o direito à diferença e a uma educação adaptada às suas necessidades.


Podem consultar o texto completo aqui: A inclusão de crianças e jovens com NEE

Abecedário de Língua Gestual Portuguesa



Para quem quiser aprender a comunicar com crianças e adultos com surdez.

Podem consultá-lo aqui: ABC Gestual

Livros I

Escola para todos:   
  • Torres, R. (2001). Educação para todos - A tarefa por fazer. Editora Diversos

Sinopse
Um amplo quadro de referências para a ação foi estabelecido em torno da proposta de Educação para Todos, que, neste livro, é avaliada mais como conceito e como estratégia que como meta em si mesma. Centra-se particularmente em analisar se, e até que ponto, conseguiu-se formar a 'visão ampliada da educação básica' e a visão renovada da política educativa e da cooperação internacional nesse campo.


Mais informação em: Wook


Dislexia:
        
  • Torres, R. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia. Editora Mc Graw-Hill
Sinopse
Já se confrontou com pessoas que sofrem de dificuldades na escrita e na leitura? Sabia que existe um grande número? Que ambos os grupos, adultos e crianças, sofrem com este  problema?
O estudo deste assunto permite a tomada de consciência quanto às implicações destas dificuldades, não somente no desenvolvimento escolar dos que as sofrem, como também na vida quotidiana.
Este livro, de leitura acessível mas bem documentado, oferece uma análise dos aspectos cruciais na abordagem dos problemas específicos de linguagem: defenição, características, factores associados, tipos ou classes, modelos explicativos e princípios ou procedimentos de avaliação e intervenção. É indicado para professores, psicopedagogos, investigadores e estudantes interessados nas perturbações da linguagem, e ainda para os pais que buscam linhas de orientação para o seu comportamento educativo perante a família, e que querem participar activamente na formação escolar dos filhos.



Mais informações em: Wook

        
  • Hennigh, K. (2008). Compreender a Dislexia - Um Guia para Pais e Professores. Porto: Porto Editora
Sinopse

Compreender a Dislexia é um livro de referência para educadores, professores, demais profissionais de educação e pais que pretendam inteirar-se da problemática em si e procurem encontrar métodos práticos de ensino no que diz respeito aos padrões de leitura da criança disléxica.

Assim, para além de analisar o conceito de dislexia, este livro apresenta a sua evolução histórica, bem como um conjunto de temas que se prendem com metodologias e técnicas de ensino, com a avaliação do desempenho e da evolução do aluno disléxico, com o papel do professor na sala de aula e com o envolvimento parental, tanto em casa como na escola.


Mais informações em: Wook


Inclusão e Necessidades Educativas Especiais   
  • Correia, L. (2008). Inclusão e Necessidades Educaivas Especiais. Porto, Porto Editora

Sinopse

Pretende ser um instrumento de apoio para os educadores e professores, no sentido de melhor compreenderem os conceitos de inclusão, educação especial e necessidades educativas especiais, de perceberem o seu papel no contexto de uma escola inclusiva e de se munirem de um manancial de informação e estratégias que lhes permitam criar salas de aula inclusivas que valorizem a diversidade, contemplando as necessidades diferenciadas de todos os alunos, designadamente dos alunos com necessidades educativas especiais.

Mais informações em: Wook
        
  • Correia, L. (2008). A Escola Contemporânea e a inclusão de alunos com NEE - Considerações para a educação com sucesso. Porto. Porto Editora    
Sinopse

Neste segundo livro da colecção Impacto Educacional pretende-se abordar as ideias base associadas ao movimento da inclusão e aos serviços de educação especial, dando ao leitor a oportunidade de melhor compreender os conceitos de necessidades especiais e de necessidades educativas especiais, tendo por base as problemáticas que os integram.

O livro apresenta, ainda, um modelo de atendimento - Modelo de Atendimento à Diversidade - que permite a implementação de programas educativos eficazes para os alunos com necessidades especiais, designadamente para os alunos com necessidades educativas especiais.

Dada a actualidade das temáticas tratadas nesta obra, ela pode constituir-se num valioso recurso para os pais e para todos os profissionais que, de algum modo, trabalham com alunos com necessidades especiais.


Mais informações em: Wook


 Envolvimento Parental em Intervenção Precoce

        
  • Correia, L. e Serrano, A. (2002). Envolvimento Parental em Intervenção Precoce - Das Práticas Centradas na Criança às Práticas Centradas na Familia. Porto: Porto Editora

Sinopse

Este livro resulta da compilação de diversos contributos no âmbito do envolvimento parental em intervenção precoce. Pretendemos que ele possa ser um veículo de reflexão para profissionais, formandos e pais que diariamente se debatem com a problemática da intervenção precoce.

Para a realização deste livro contamos com a colaboração de alguns especialistas desta área, nomeadamente: Carl Dunst, Raymond J. Gallagher, Maggie J. LaMontagne, Lawrence Johnson, James Tramill, Marilyn Espe-Sherwindt, Sylviane Rigolet, Isabel Monteiro da Costa e Maria del Pilar Fontao.

Os temas abordados pelos diversos autores giram em torno das práticas de intervenção precoce centradas na família, descrevendo quer a sua filosofia, aspectos legislativos, princípios, práticas e investigação.


Pensamos que ele irá igualmente ser um importante contributo na medida em que são praticamente inexistentes as publicações em português neste domínio.


Mais informações em: Wook



Redes Sociais de Apoio e Sua Relevância para a Intervenção Precoce
       
  • Serrano, A. (2008). Redes Sociais de Apoio e Sua Relevância para a Intervenção Precoce. Porto: Porto Editora
Sinopse

Este livro pretende fazer uma abordagem dos conceitos de apoio social, descrevendo a sua relevância para a Intervenção Precoce.
A investigação na área da Intervenção Precoce tem reforçado a importância dos modelos ecológicos de intervenção por oposição aos modelos compensatórios ou de erradicação.

Os modelos ecológicos assentam no pressuposto de que o desenvolvimento depende de uma variedade de factores e, assim sendo, as experiências e intervenções deverão ser variadas e ter por objectivo não só a minimização dos factores de risco, mas também a maximização de oportunidades que influenciarão positivamente os resultados últimos de desenvolvimento da criança.

A perspectiva ecológica do desenvolvimento constitui, assim, o enquadramento teórico no qual deverão assentar, quer as práticas de intervenção, quer a investigação com crianças de risco e suas famílias.

Assim, a noção de apoio social e as suas influências directas e indirectas no desenvolvimento da criança constituem uma vertente fundamental na abordagem ecológica, que serão objecto de análise e descrição ao longo dos diversos capítulos do livro.

Será também apresentado um estudo qualitativo cuja finalidade foi compreender e identificar as redes de apoio de um conjunto de famílias com crianças com NE (0 aos 3 anos) residentes no distrito de Braga. Esta informação, para além de facilitar a compreensão do leitor dos conceitos teóricos expostos ao longo dos diversos capítulos do livro, através da transposição para o campo empírico, poderá ser útil para pensarmos a implementação de políticas e práticas de IP em Portugal.

A temática deste livro poderá ser útil para ajudar os prestadores de serviços a possuírem uma melhor compreensão das redes de apoio utilizadas pelas famílias e, consequentemente, ajudar os profissionais portugueses na implementação de um sistema de serviços de Intervenção Precoce legislado (Desp. Conj. 891/99, de 19 de Outubro), desenvolvendo sistemas comunitários de apoio que respondam às necessidades de cada família de forma eficaz e centrada na família.


Mais informação em: Wook

Programa Educação Para Todos da UNESCO

O Programa Educação Para Todos nasceu em 1990, na sequência de uma Conferência Mundial realizada na Tailândia, tendo como objectivos proporcionar educação básica a todas as crianças e reduzir drasticamente o analfabetismo entre os adultos até ao final da década. O Fórum Mundial da Educação que decorreu em Dacar, no Senegal, em 2000, reafirmou o empenhamento na Educação Para Todos e determinou que até 2015 todas as crianças deveriam ter acesso a educação básica gratuita e de boa qualidade. Os seis objectivos do programa Educação Para Todos são:

1. Desenvolver e melhorar a protecção e a educação da primeira infância, nomeadamente das crianças mais vulneráveis e desfavorecidas,


2. Proceder de forma a que, até 2015, todas as crianças tenham acesso a um ensino primário obrigatório gratuito e de boa qualidade,


3. Responder às necessidades educativas de todos os jovens e adultos, tendo por objectivo a aquisição de competências necessárias,


4. Melhorar em 50% os níveis de alfabetização dos adultos, até 2015,


5. Eliminar a disparidade do género no acesso à educação primária e secundária até 2005 e instaurar a igualdade nesse domínio em 2015,


6. Melhorar a qualidade da educação.


A criança com NEE: impacto na família

A presente obra oferece para leitura e discussão uma problemática da maior actualidade, inovação e pertinência, na área da comunicação em saúde em contexto clínico e de cuidados de saúde e no domínio da intervenção precoce.
Trata-se de uma análise teórico-conceptual e empírica sobre as implicações familiares e psicológicas decorrentes do nascimento e diagnóstico de uma criança com deficiência, muito em particular, sobre as condições do anúncio aos pais da deficiência dos seus filhos pelos profissionais de saúde e impacto e significado desta informação ao nível parental e familiar.
Esta obra baseia-se na investigação rigorosa e aprofundada que Joaquim João Casimiro Gronita realizou no âmbito da sua Dissertação de Mestrado em Comunicação em Saúde, defendida na Universidade Aberta.
O estudo salienta como o nascimento de uma criança com deficiência constitui uma experiência traumática e dolorosa para os pais, deixando marcas profundas na vivência, história e dinâmica familiar, representa um desafio para toda a família e para o equilíbrio familiar, constituindo, ainda, uma situação delicada e complexa para os profissionais, nomeadamente médicos, os quais, de um modo geral, necessitam de desenvolver competências comunicacionais e psicológicas adequadas para lidarem com diagnósticos difíceis ou com a revelação de más notícias.

 Texto integral em:  

Rede Inclusão

Este web site, REDEinclusão, segundo a sua mensagem de boas vindas, "destina-se a reforçar a influência do “Enabling Education Network” (EENET) no mundo que fala Português. Nos últimos dez anos, o EENET têm tido uma acção pioneira na difusão da importância da partilha de experiências, por parte daqueles que, ao nível das suas comunidades, tentam ultrapassar as barreiras que dificultam a participação das crianças na educação."

Aqui poderá encontrar Notícias, Recursos, Ligações e até o Boletim desta rede, tudo sobre a inclusão de pessoas com Necessidades Educativas Especiais.

Pode adeder a ele, clicando aqui.

Escola Inclusiva

Uma escola inclusiva ou educar para a inclusão é afirmar que todos tem o direito de estudar numa escola regular com outros educandos, construindo juntos o conhecimento.

O art. 74 da Constituição da Republica Portuguesa enuncia o direito de todos os cidadãos à igualdade de oportunidade de acesso e êxito escolar. O n.º 2 do mesmo artigo adianta “incumbe ao Estado: …garantir a todos os cidadãos segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados de ensino; … - promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessário”.

Apesar de estar enunciado na Constituição da Republica Portuguesa desde 1982 é a partir de 1994, que a inclusão da criança com deficiência na escola ganha força, com a publicação pela ONU da Declaração de Salamanca sobre os princípios, políticas e práticas em educação especial, que o termo Educação Inclusiva se coloca como meta aos países que assinaram a declaração entre os quais Portugal.

O paradigma da inclusão está na crença de que a diversidade é parte da natureza humana, a diferença não deve ser vista como problema, mas como uma riqueza.

Quem ganha com a inclusão? Ganhamos todos!

Ganham as crianças com deficiência que tem a oportunidade de se desenvolver na comunidade escolar e social a que pertencem, de conviver com os parceiros e beneficiar de modelos de acção, aprendizagem integrados e que os estimula. Podem ajudar e ser ajudados a lidar e a superar as dificuldades.

Ganham as outras crianças que aprendem a conviver com a diversidade e a respeitar a diferença, serão certamente adultos muito melhores!

Ganham os educadores/professores que enriquecem a sua formação e ganham as famílias que passam a ver o seu filho como um cidadão que tem o direito de partilhar dos recursos da comunidade.

Ganha a comunidade como um todo, torna-se um espaço mais democrático, que recebe e acolhe todos os seus membros com igual dignidade.


A Inclusão de Crianças com Autismo em Contexto de Jardim de Infância



Não se dispõe ainda de cura medicamentosa para o autismo.

No entanto, um conjunto de intervenções terapêuticas, nomeadamente a estimulação precoce adequada e continuada, pode aliviar alguns sintomas e trazer melhorias em termos do desenvolvimento destas crianças.

É actualmente recomendado que a intervenção seja iniciada o mais cedo possível e que sejam contempladas as 3 áreas principais que caracterizam a doença: a interacção social, a comunicação e os interesses e actividades.

A intervenção deve ser organizada e estruturada de forma progressiva e, apesar de sempre orientada por terapeuta especializado, deve incluir os pais. As actividades terapêuticas englobam, entre outras estratégias de modificação comportamental, treino de integração sensorial, terapia da fala e treino de competências sociais. Dever-se-á trabalhar de forma consistente (e persistente) no sentido de potenciar a vinculação das crianças aos pais/terapeutas, tentando evitar ou minimizar o isolamento e deterioração social. A terapia familiar pode também ser utilizada para ajudar a família a desenvolver estratégias para lidar com os desafios de viver com uma criança autista.

A inclusão de Crianças Cegas ou com Baixa Visão em contexto de Jardim de Infância



O Jardim de Infância é a transição necessária entre a família e a escola e constitui uma fase-chave do seu processo de socialização.

A criança aprende a viver em grupo e, face aos seus pares, toma consciência das suas diferenças, das suas potencialidades e das suas limitações. As brincadeiras e os jogos em que aprende a participar desempenham um papel importante no seu desenvolvimento, na sua mobilidade e sentido de orientação.

A integração no Jardim de Infância é, portanto, desejável e vantajosa de todos os pontos de vista, mas necessita de ser cuidadosamente preparada e apoiada, junto dos pais, do pessoal do Jardim de Infância e por vezes junto dos pais das outras crianças que o frequentam.

Não se pense, contudo, que a integração social de um deficiente visual decorre necessariamente de uma educação inclusiva. Muitas vezes é mais fácil à criança interagir com a sua Educadora do que com os seus colegas normo-visuais (Boldt, 1982). Em consequência disto, os conflitos entre crianças, parte tão importante da aprendizagem social, são muito reduzidos, surgindo atitudes quer de menosprezo, quer de superprotecção das crianças com visão, face ao seu colega deficiente. A integração social e a competência social não são o resultado automático de se viver com normo-visuais e são um processo demorado e complexo, envolvendo muitas aprendizagens.

(Bastante mais informação em Sobre a Deficiência Visual)

Surdez



A Surdez pode ser definida segundo três pontos de vista: ponto de vista médico, educacional ou cultural.

Em termos médicos, a surdez é categorizada em níveis do ligeiro ao profundo. É também classificada de deficiência auditiva, ou hipoacúsia.

Os tipos de surdez quanto ao grau de perda auditiva:

Perda auditiva leve: Não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida,geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.

Perda auditiva moderada: Pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o individuo fale.

Perda auditiva severa: Interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.

Perda auditiva profunda: Sem intervenção a fala e a linguagem dificilmente irá ocorrer.

Do ponto de vista educacional, surdez refere-se à incapacidade da criança aprender a linguagem por via auditiva e ter um desempenho académico. A surdez não interfere no desenvolvimento cognitivo.

Em termos culturais, surdez é descrita como uma identidade cultural, partilhada entre indivíduos Surdos ou com perda auditiva.

Dislexia

Os alunos disléxicos apresentam uma incapacidade específica, a nível neurológico para a leitura e a escrita. Estas competências consideradas fundamentais pela Escola para o acesso à aprendizagem e ao conhecimento, impossibilitam muitos jovens de ter sucesso na escola, embora sejam detentores de outras competências e habilidades. 
Ficam fora dos muros da escola, sem perspectivas de futuro. Os alunos disléxicos, são por vezes considerados pouco estudiosos ou mesmo preguiçosos quando na verdade a Escola para eles representa o fracasso, a frustação o desespero. É necessário repensar a Escola, para que esta consiga responder a todos.



Paralisia Cerebral


Paralisia cerebral ou encefalopatia crónica não progressiva é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais.

Acontece durante a gestação, no momento do parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afectado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória).

Mas se a visão ou a audição forem prejudicadas, a pessoa poderá ter dificuldades para entender as informações como são transmitidas; se os músculos da fala forem atingidos, haverá dificuldade para comunicar os seus pensamentos ou necessidades. Quando tais factos são observados, o portador de paralisia cerebral pode ser de forma errada classificado como deficiente mental ou não-inteligente.

A avaliação e o tratamento da paralisia cerebral é feita por neurologistas infantis.


Autismo



O autismo é uma alteração global do desenvolvimento.

É uma alteração que afecta a capacidade da pessoa comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas.

Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios atrasos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.

Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de Espectro do Autismo, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.

Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem no seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada no seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela está desinteressada dessas brincadeiras ou porque vive no seu mundo, é porque simplesmente ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.

Outro mito comum é de que quando se fala numa pessoa autista geralmente pensa-se numa pessoa que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe nenhuma). A dificuldade de comunicação, em alguns casos, está realmente presente, mas, como dito acima, nem todos são assim: é difícil definir se uma pessoa tem atraso mental se nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente.

Sindrome de Down



Síndrome de Down ou trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossoma 21 extra, total ou parcialmente.

Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune.

A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.

Portadores de síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de atraso mental leve a moderado. Um pequeno número de afectados possui atraso mental profundo. É a ocorrência genética mais comum, estimada em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.

Muitas das características comuns da síndrome de Down também estão presentes em pessoas com um padrão cromossómico normal. Elas incluem a prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tónus muscular pobre e língua maior do que o normal.

Os afectados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congénitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tiróide.

A síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais.


(mais informação na Wikipédia)

Cegueira e Baixa Visão



A cegueira é a falta do sentido da visão.

A cegueira pode ser total ou parcial; existem vários tipos de cegueira dependendo do grau e tipo de perda de visão, como a visão reduzida, a cegueira parcial (de um olho) ou o daltonismo.

Deficiência visual é uma categoria que inclui pessoas cegas e pessoas com visão reduzida.

Na definição pedagógica, a pessoa é cega, mesmo possuindo visão subnormal, quando necessita da instrução em braile; a pessoa com visão subnormal pode ler tipos impressos ampliados ou com auxílio de potentes recursos ópticos. (Instituto Benjamin Constant, 2002)

A definição clínica afirma como cego o indivíduo que apresenta acuidade visual menor que 0,1 com a melhor correcção ou campo visual abaixo de 20 graus; como visão reduzida quem possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50 graus, e a sua visão não pode ser corrigida por tratamento clínico ou cirúrgico nem com óculos convencionais. (Carvalho, M.L.B. - Visão subnormal: orientações ao professor do ensino regular, 1994)